segunda-feira, 19 de maio de 2014

SANGUE NOS OLHOS E FACA NOS DENTES #3 - Aprendizados das competições...

Folhas (Foto: www.airboysteam.com)
Com uma organização excepcional (gastronomia, entretenimentos e shows de diversas bandas), o final de semana em Nova Petrópolis, mesmo não tendo provas válidas para o Campeonato Gaúcho, foi cheio de aprendizados. O maior deles, posso garantir que foi o exercício da PACIÊNCIA.

No sábado, foram pequenos detalhes de atenção que fizeram a diferença:

 1º - VOO SE DECIDE NA RAMPA! Quase sempre presente no SANGUE NOS OLHOS, quem diria que no meio daquele nevoeiro que estava ao amanhecer, onde mau se enchergava 200m a frente, daria voo. Fraquinho mas rolou uma prova. NOVAMENTE, VOO SE DECIDE NA RAMPA!

2º - NÃO SE ATUALIZA NAVEGADOR NA VÉSPERA DA PROVA! Ao atualizar o navegador antes de sair de casa, não dei conta que alteraria parte da configuração... A polar de uma vela superior a minha dava informações sempre otimistas, algumas até demais. Não navegava de forma otimizada, parecia estar voando com um o velho 76S.

3° - LASTRO É RECURSO TAMBÉM! O voo era muito fraco, encostado na cordilheira, aproveitando cada décimo de metro que subia e só me dei conta de liberar o lastro na hora do pouso.

4º - APOSTA QUASE TUDO, MAS NÃO TUDO! Escolhi o pouso um pouco baixo, necessitando uma aproximação direta (apenas uma curva). Longe de ser inseguro, mas aproximações diretas não permitem grandes correções, entra direto na perna final e pouso.

Decolagem sem vento...
(Foto: www.airboysteam.com)
Já o domingo, passei por diversos SINAIS AMARELOS da decolagem ao pouso.

5° - VOO SE DECIDE NA RAMPA! DENOVO... Domingo a condição iniciou ainda mais crítica, tanto que dos 41 pilotos que decolaram no dia anterior apenas 29 foram a rampa. 

6º - DECOLAGEM COMPROMETIDA, ESCOLHE A MELHOR HORA. Todos sabíamos que o vento viraria sul e que a janela de decolagens seria bem curta. Abortei a primeira decolagem pois corri tudo que pude e não sentia a vela voando. Tentei novamente, desta vez ela inflou legal mas sem muita pressão, corri tudo que pude e entrei em voo. Confesso que as árvores cresceram bastante naquele instante, ufaaaa 1.

7º - OLHE PARA TODOS OS LADOS MESMO. A condição fraquinha, todo mundo girando apertado com diversos tipos de velas (de ponta ou não), nos fazia voar muito próximos uns aos outros. Teve um certo momento, que um Enzo apareceu próximo aos meus pés, vindo por baixo e por trás. Qualquer piloto novato teria a decisão de frear a vela o que acarretaria em pisar na vela do colega, apertei a curva apenas utilizando o corpo, esperando não afundar muito e tudo resolvido, ufaaa 2.

8º - É IMPORTANTE SABER VOAR LEVE NA VELA. Sabendo que a condição era fraca, decolei sem lastro, como peso do meio para baixo no range da vela. E depois de quase 100 horas de voo tomei o 1° catrapo com o Chili3, para eu foi manso pois já tinha  passado por coisa bem pior com outras velas... quem viu de fora disse que foi feio. Eu vi que fechou mas nem deu tempo de olhar ela reabrir, tudo muito rápido, a vela cumpriu seu papel e se comportou conforme sua certificação... ufaaa 3. Já ficou o alerta de treinar um pouco mais voando leve, para evitar estes pequenos acontecimentos.

9º - ROTOR EXISTE COMPANHEIRO. Ganhei altura até meu navegador dizer que eu chegaria ao pilão e voltaria na cordilheira. De fato cheguei ao pilão e retornei a cordilheira porém no exato momento quando eu e mais uns 4 colegas chegamos a coordilheira o vento Sul apareceu e com vontade. Ao invés de um doce lift nos deparamos com um tremendo rotor, todos escapamos ilesos, mas de olhos arregalados. ufaaa 4.

Mantendo a média, 3º na Sport e 2º na Sport Light.
 (Foto: www.airboysteam.com)
10º - PACIÊNCIA, PACIÊNCIA E PACIÊNCIA. Nunca desiste, sempre da para boiar um pouco mais e esse pouco a mais pode ser a diferença entre estar no pódium ou não...

Essa postagem é também um alerta, pois mesmo as competições tendo aquele ar de diversão e descontração  temos que nos atentar bastante com a segurança pois alguns dos pequenos detalhes que citei acima potencializam(ram) os ricos do voo.




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