Há algum tempo venho estudando quando e como abandonar térmicas visando ter melhor rendimento durante a ascensão. Este tema ficou evidente quando escutava alguns pilotos de ponta pelo rádio durante voos de cross dizendo: "Passei direto porque tava fraquinha".
Até então para eu, saltar uma térmica era algo suicida... pregaria logo ali na frente.
Busquei analisar alguns números que a maioria dos integrados fornecem. Com base nestes, algumas literaturas e um apanhado de conhecimentos provenientes de conversas com pilotos experientes, desenvolvi uma maneira própria de analisar estes valores, os quais utilizo com frequência e tem retornado bons resultados.
Primeira coisa ser feita é configurar seu navegador para fornecer os seguintes campos de dados:
-Média de ascensão total térmicas do voo;
-Máxima Altitude alcançada;
-Média integral do variômetro em 30s.
Tendo estes dados a mão em voo, após alcançar a primeira base de nuvem, divido a altura entre solo e base da núvem em 3 camadas (Superior, Média e Inferior). Baseado nestas 3 camadas utilizo a seguinte regra:
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Alt MSL 1550m. |
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Alt MSL 980m. |
VOANDO NA CAMADA MÉDIA: Idem a camada superior com exceção da regra de diminuição da intensidade da térmica. Se diminuir mantenha a subida pois o objetivo é se manter alto e voando.
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Alt MSL 550m. |
- VOANDO NA CAMADA INFERIOR: Atenção, foco no rastreamento e busque ganhar altura. Nesta camada qualquer valor de ascensão deve ser considerado útil.
Para facilitar o entendimento, abaixo segue um gráfico sintetizando o conteúdo abordado acima.
Obs.:
- Esta é apenas uma proposição de técnica. Se você tiver uma crítica construtiva deixe seu comentário.
- É necessário levar em conta um dia com teto relevante (acima de 1200m) e comportamento de térmicas padrão.
- Antes que perguntem: Por que não utilizar o valor do vário ao invés da média deste em 30s? Picos de térmicas podem facilmente confundir a interpretação do valor médio... Ex. Imaginamos que a térmica tem média 6 e na realidade é 3.5.
Guilherme, técnica incrível que certamente vou levar em consideração nos proximos voos. Nos primeiros voos eu nunca dispensava nenhuma termica e sempre ficava pra trás realmente. Atualmente um fato que eu considero tb é o seguinte: Se estou na camada superior, faço mais a leitura do comportamento das nuvens. Se estou na camada inferior, considero mais a leitura do relevo. Parabéns pelo post.
ResponderExcluirboa guilherme!
ResponderExcluirMuito boa técnica! Só tem que ficar consciente que no decorrer do dia, aproximando do fim da tarde, as térmicas perdem a intensidade e/ou frequência, então não dá pra abandonar qualquer uma! Parabéns pelo post e pelo blog!
ResponderExcluirBoa, Gui!
ResponderExcluirSó não entendi a diferença entre a seta verde e a amarela. Entendi que ambas as situações consistem em TerMedia30 < TerMediaDia
Muito bom! Contudo, creio que seria relevante sabermos antecipadamente o "teto" do dia (umidade absoluta vs temperatura) p/ definirmos as camadas superior, média e inferior, correto? E o MC entraria nesse contexto?
ResponderExcluircurto voar com os dois.. v.médio e vario, me da uma melhor referência.. porém fico mais esperto no vario. Mas a técnica é excelente Gui! Parabéns! No gaúcho em 2013 dez. 1º dia, descolei um peido de vaca a uns 60m do chão, 1º pilão, quase pousando, vendo a galera no campinho... peguei uma termal que tava em, 0,5 q virou uns 1 depois 1,5 depois 1,8 .. 2, até virar uma termal de 2,8 fraca, porem salvou o voo e botei mais de mil.. Deu muito trabalho. Nessas horas o cara chora, pq n querer parar de voar no campeonato e ter q pousar. Voar é como se manter vivo. rsrsrs Muito bom competir com a galera, muita troca de informação do voo depois.! Fora que depois é só alegria, ceva, churrasco e curtição da galera. abraço.. Cabelo - tapera poa
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